Qual a origem do perfume?
Os perfumes são apreciados ao redor do mundo, mas apesar de toda a modernidade que eles carregam, sua história remota ao Império Egípcio
O setor de perfumaria é muito vasto atualmente, com opções de marca das mais populares àquelas remontam ao luxo e sofisticação. Mas tudo isso partiu de uma mesma base, e a origem do perfume é mais antiga do que muitos imaginam.
Já na época do Império Egípcio as essências eram apreciadas, e isso se estendeu para a Grécia Antiga, Roma, as cortes no Iluminismo até alcançar os dias atuais. Foram muitas transformações que fizeram chegarmos onde estamos agora.
A história do perfume é muito interessante e rompe as fronteiras do tempo, já que ele esteve presente em rituais religiosos, em casas de banho da Roma Antiga, nas Cruzadas e fazia parte dos cuidados de Maria Antonieta. Hoje está em nossas casas!
Nascimento do perfume
A origem do perfume tem raízes em um passado que remota aos séculos antes de Cristo. Tudo começou no Egito, um povo politeísta que realizava diversos rituais religiosos para se conectar com suas divindades.
Os egípcios começaram a usar a perfumaria porque acreditavam que através do cheiro produzido pela fumaça, as suas orações chegariam mais rápido aos deuses. Durante os rituais, eles tinham o costume de queimar madeiras, especiarias e ervas, o que deu origem a uma espécie de incenso.
Cleópatra também apreciava muito a perfumaria. Ela utilizava esses cheiros para perfumar o ambiente quando estava a espera dos seus amantes. Assim, as fragrâncias também eram associadas à sedução.
Foram os egípcios que iniciaram a prática de perfumar criando as primeiras aplicações da perfumaria. Porém, nessa sociedade seu uso era limitado à produção de fumaça, uma situação que mudou com os gregos.
Perfume na Grécia
Embora a origem do perfume esteja no Egito, foram os gregos que aperfeiçoaram a perfumaria. “Diferente dos egípcios, que praticamente inventaram a perfumaria e o formato de perfumação, os gregos criaram fórmulas. Eles foram responsáveis por diversificar o uso de perfumes”,.
Assim, não era mais apenas o ato de queimar ingrediente que liberavam essências perfumadas. Os gregos extraíam óleos essenciais e criavam pomadas, pastas e unguentos, o que facilitava o armazenamento e transporte dos perfumes.
“Por volta do ano 800 antes de Cristo eles já exportavam óleos de flores e plantas, como rosa, lírio, sálvia, tomilho, manjerona e avenca”. Ela ainda conta que os gregos gostavam muito de perfume, tanto que acrescentavam até mesmo pétalas de rosas em suas receitas mais sofisticadas.
“Os gregos usavam isso (perfumes). Era muito popular entre os atletas e poetas. Existiam os filósofos na Grécia e eles usavam perfumes para se preparar. As mulheres também faziam muito uso desse recurso”,.
Perfume na Roma Antiga
Mas não foi somente o povo grego que se apaixonou pelo bem-estar trazido pelas essências extraídas de ingredientes naturais. A história sobre a origem do perfume continua seguindo ao longo dos séculos e chega ao Império Romano. Por sua tradição, era um povo que apreciava os banhos.
As casas de banho em Roma eram frequentadas por pessoas de todas as classes sociais, e esses banhos incluíam vários perfumes aromáticos. as pessoas mais ricas daquela época perfumavam até mesmo a sola dos seus pés, o que era feito pelos escravos.
Esse povo, considerado como bárbaro por ser um grande conquistador, apreciava tanto os perfumes que utilizava as essências em tudo. Até mesmo os cascos dos seus cavalos eram perfumados, e os frascos eram levados para os campos de batalha.
Essa tática não era apenas por vaidade ou um cuidado pessoal. Existia a crença de que os perfumes tinham um poder curativo, então, além dos grandes banhos com as essências, alguns soldados até mesmo ingeriam as fórmulas com o objetivo de se curarem das feridas.
Foi justamente por causa das conquistas e das rotas comerciais que o Império Romano deu a sua grande contribuição para a perfumaria. Ela se expandiu ao redor do mundo, inclusive por meio da Arábia, Índia e China, povos com os quais os romanos trocavam informações sobre perfumaria.
Perfume na Idade Média
Na Idade Média houve uma grande evolução. A origem do perfume partiu da queima de ingredientes naturais. Os gregos extraíam óleos essenciais e criavam formulações, mas foi na Idade Média, mais precisamente na época das Cruzadas, que aconteceu uma mudança ainda mais significativa.
Nessa época os árabes tinha alcançado um grande progresso na perfumaria devido à criação da serpentina de resfriamento. Esse equipamento permite fazer a destilação, separando a água do óleo essencial e resultando no perfume sólido, o atar.
Os cruzados levaram essa novidade para a Itália por volta do ano 1300, e foi nesse país que o setor de perfumaria começou a tradição de incluir o álcool nas formulações de perfume. Isso possibilitou uma versatilidade ainda maior em seu uso.
Iluminismo
O Iluminismo foi uma época em que imperavam as celebrações. Havia a preocupação com a moda, os penteados, a maquiagem e, é claro, o perfume. Aliás, a corte de Luís XV foi batizada como “corte perfumada”, já que ali todos tinham o hábito de utilizar esse produto.
“Durante as festas, ou em reuniões, nos chás da realeza, Maria Antonieta costumava ter uma espécie de potinho de água de rosas ou uma água de Chipre. Ela mergulhava um lencinho de tecido e passava no corpo, no pescoço, nos braços para se refrescar e tirar o suor”,.
Foi justamente nessa época que surgiu a expressão eau de toilette. As pessoas passavam o perfume em seu corpo para se verem livres de odores mal cheirosos e do suor, se mostrando muito mais apresentáveis e agradáveis para os demais.